Tenho vontade de encher parágrafos e mais parágrafos com pontos de interrogação. É tudo o que eu penso em escrever. Tenho mil perguntas para fazer e parece que quanto mais respostas, mais dúvidas surgem. Quanto mais me conheço, menos sei o que fazer de mim. Quero explodir, mas me contenho, quero me impor, mas me escondo, quero gostar, mas racionalizo. Onde vou chegar se não me soltar? Tenho medo de ficar presa nessas linhas. Tenho medo do que eu escrevo se tornar realidade. E se eu ficar muito Verônica? E se eu tiver que ser alguma coisa pra sempre, porque o que está no papel não se apaga mais, e estou escrevendo quase certezas sobre mim o tempo todo?Crescer lendo livro mulherzinha fez com que eu jamais me conformasse com metades. Quero os melhores romances, ou prefiro ficar sozinha. Quero as melhores lembranças, ou prefiro não lembrar. Ou vivo intensamente, ou vou levando essa rotina que não incomoda, não interfere, não fere, mas também não é vida. Vou dispensando tudo o que não julgo suficiente pra me roubar a solidão. Vou excluindo do meu convívio todos que não parecem prontos pra marcar meu dias. E vou me excluindo um pouquinho também, vou me dispensando sem pudores, porque é mais fácil me deixar de lado do que lidar com a minha falta de coerência.
Mais questões, mais lacunas. Quanto mais aprendo sobre mim, mais boicoto meus conhecimentos. Quero contradizer todas as afirmações que faço lutando para entender o que se passa em mim. Não devo ser tão complicada, mas ser extremista faz com que os sentimentos que divido com toda mulher sirvam como base pra decidir tudo na minha vida. Indecisões são capazes de preencher meu dia, mudar minha vida, acabar com meu humor. Possibilidades tentam perfurar meu estômago, atravessar meu corpo, tentam me destruir antes mesmo de terem permissão para acontecer.
Estou ficando morna de tanto não me permitir ir além, de tanto calcular meus passos, me esconder em falsa timidez, evitar sentimentos, evitar relacionamentos, evitar gente só por ser gente e pela possibilidade de alguma coisa dar errado. Posso correr o risco de dar certo?
Estou prestes a mergulhar. Dessa vez, não insistam, vou dispensar o equipamento de segurança.
Onde vou chegar se nao me soltar?
ResponderExcluirNossa isso é bem eu ....
Lindo como sempre não é mesmo !!! =D
Um dos melhores textos que eu ja li vindos de você viu?
ResponderExcluirAndo com essa mania de me poupar para ocasiões e pessoas especiais que podem nunca aparecer ou que ja apareceram e eu, na minha ignorância egocêntrica, não vi.
Mergulhe, mergulharemos, porque ficar aqui no raso de sentimentos não mostra beleza nenhuma.
Linda!!
ResponderExcluirQue texto inspirador!!!
Adoreiiiiii!!
Beijo grande
muito lindo, sem palavras pra esse texto.
ResponderExcluirparabéns (:
E se vc se machucar sem essa proteçao..?!
ResponderExcluirMas espera aí... Talvez essa seja a ideia ne?
Me encontrei totalmente aí e tive que parar pra pensar.. Obrigada por compartilhar palavras. E claro, parabéns! Lindo texto.
ResponderExcluiramo seus textos e me identifico bastante com eles! como já disseram ali em cima, achei esse um dos seus melhores textos :) continue postando, acompanho seu blog sempre! e vou te seguir aqui, tá? beijos
ResponderExcluirPorra, que texto foda. talvez não estaria errado dizer que todos nós lendo isso, nos indentificaríamos com tuas palavras e interrogações sempre infindas. adorei.
ResponderExcluirQue texto mais lindo.. Me identifiquei muito com ele. A gente se preserva com medo de se machucar, mas deixa de viver muitas coisas.
ResponderExcluirEstou te seguindo ;)
Exatamente EU! deve ser o signo... ahuahahaa
ResponderExcluiradoreeei, Verônica =)
Texto maravilhoso, parece que consigo sentir o que você sente em suas palavras. A composição, tudo fica tão perfeito. Parabéns pelo blog perfeito!
ResponderExcluirE obrigada pela visita, de verdade é uma honra ter um comentário seu em meu humilde blog.
Mas convenhamos, apesar de perigo, é muito mais gostoso mergulhar sem proteção. Belo texto!
ResponderExcluirDaniel Senos (http://montanhavazia.zip.net)
quando comecei a ler o texto, percebi que as vezes também sou assim, não sempre, mas as vezes me pego nessas suas linhas escritas. Sabe, estou vendo que a vida é muito mais do que minha mente dizia. E aqueles momentos que parecem ser simples, são aqueles que mais marcam nossa história. Basta tentar, as chances de dar errado são as mesmas de dar certo.
ResponderExcluirTambém quero mergulhar nesse mundo sem equipamentos de segurança.
Como eu sempre digo, seus textos são muito BONS. Beeijos se cuida.
sabia que sou sua fã? De verdade mesmo.. FÃ! considero voce umas das melhores escritoras e me espelho demais nos teus textos. Cansei de imprimir milhoes pra depois acordar de madrugada e ler feito louca... voce é muito boa, muito mesmo.. meus parabéns! ;*
ResponderExcluirMenina, você não sabe como me deixou feliz com o comentário no meu blog, hahaha. Seeeeeeempre leio o seu. Cada texto parece estar me descrevendo, acho que somos muito parecidas :) A começar por esse que me descreveu absurdos! Também estou tentando dispensar o equipamento de segurança, mas é tão difícil, né? Exige uma coragem absurda se jogar ao mar sem garantias... Mas... Como disseram aí, talvez essa seja a idéia. Enfim, obrigada mesmo pela visita :D
ResponderExcluir:*
Como sempre arrasando no texto. Muito bom, esses dias fui surpreendido por um comentário no meu blog d uma garota q dizia estar curiosa comigo por eu ter comentado em um dos seus textos, segundo ela, achava q era quase impossível um homem se identificar com alguma coisa daqui. Aí é q ta, tem coisas q nós homens sentimos igual a vcs, mulheres, só ñ falamos,nem tudo óbvio!Mas enfim, se lança mesmo, tb já dessisti d me proteger d+ e não ganhar nada com isso.
ResponderExcluirTambém tenho inúmeras perguntas, o problema é que não existe ninguém pra responder.
ResponderExcluirBeijo.
Inspirador.
ResponderExcluirO último parágrafo foi perfeito!
Parabéns!
Muito lindo o texto!! Primeira vez que leio seus textos... parabéns =) me vi muito nesse texto.
ResponderExcluirbeijos
Ahhhhhhhhh, você é DEMAIS, Verônica!
ResponderExcluirVou colocar um trecho desse texto no meu profile cara, você é muito boa mesmo.
"Crescer lendo livro mulherzinha fez com que eu jamais me conformasse com metades. Quero os melhores romances, ou prefiro ficar sozinha. Quero as melhores lembranças, ou prefiro não lembrar. Ou vivo intensamente, ou vou levando essa rotina que não incomoda, não interfere, não fere, mas também não é vida. Vou dispensando tudo o que não julgo suficiente pra me roubar a solidão. Vou excluindo do meu convívio todos que não parecem prontos pra marcar meu dias. E vou me excluindo um pouquinho também, vou me dispensando sem pudores, porque é mais fácil me deixar de lado do que lidar com a minha falta de coerência."
DEMAIS!
Angustiante essas sensações de vida se mexendo e pedindo que a gente fique intactas, paralisadas, ou ainda: diminuir a velocidade interna, colocar calma e deixar em banho-maria os sentimentos, emoções, agora em solubilidade. Mais ou menos como adcionar água e chacoalhar para deixar mais aquoso, mais leve essas intensidade de viver, acontecer. Blog encantador, e este texto, iluminado, contagiante e que faz refletir, imaginar..Te sigo! Beijocas
ResponderExcluirSimplesmente amei!
ResponderExcluirhttp://filhadomeio.wordpress.com/
é possível que você tenha roubado meus pensamentos?Ou algo assim?hahahaha, fico impressionada com a afinidade que tenho com teus textos, a gente parece tá sempre no mesmo momento...que medo hahaha
ResponderExcluir"Posso correr o risco de dar certo?"
Equipamentos podem te segurar um pouco... Talvez seja hora de ir um pouco mais fundo ;)
ResponderExcluireu acho que nunca cheguei aqui pra não encontrar um texto que me tocasse, que me lembrasse minha própria vida. quero um dia ter essa coragem de mergulhar sem equipamento. Enquanto isso vou acompanhando como você se sai, até mais por prazer, já que é uma delícia ler os seus textos.
ResponderExcluirNão me leve a mal não, mas eu passo mal lendo o seu blog. Essa sua mania de saber tocar no coração até dos maiores desastres da natureza, tipo eu... Parabéns.
ResponderExcluirlindissimo
ResponderExcluirsempre verdadeira essa Vê... beijo quêri :)
ResponderExcluirVerônica que talento ! *----------*
ResponderExcluiramei seu blog, sonho em escrever assim, tudo que está dentro de mim ;D
beeijos
meu deus, eu amo teus textos, tu escreve de uma maneira em que parece contar minha vida, mesmo sem me conhecer. me identifico muito contigo!
ResponderExcluirVocê realmente esta de parabéns, amei demais os seus textos, nossa demais!!!
ResponderExcluirSeu texto se encaixa muito bem em como a maioria das pessoas, como eu, se sente. Muito bem escrito, muito lindo e inspirador.
ResponderExcluirQuero ter coragem de tirar os equipamentos de segurança também. Aos poucos, aos poucos.
minha nossa! estava precisando ler isso! essa parece ser a descrição da minha vida!!!
ResponderExcluirADOooreeeeei cara! *-*
muito lindo, amei !
ResponderExcluirera tudo que eu precisava *-*'
Me fez pensar que pessoas mornas já foram extremistas um dia, como nós, e simplesmente se tornaram assim por se pouparem demais, pelo medo de viver de algum pedaço querendo o inteiro e se frustrando por não o alcançar. A solidão e as palavras se tornam as melhores companhias, as mais requisitadas, o que não quer dizer que as mais indicadas.
ResponderExcluirAdorei.